Policia diz que Beatriz foi morta por ter se assustado ao ver suspeito; entenda

O suspeito Marcelo da Silva, 40, já estava preso pelo crime de estupro de vulnerável desde 2017 e, segundo o governo, confessou ser o autor da morte da menina. A identificação foi possível após o cruzamento de material de DNA do homem com o que foi recolhido na cena do crime, ainda em 2015. Segundo a SDS, o homem agiu sozinho e não mirava a vítima.

“Temos a motivação alegada se coadunando [coincidindo] com a dinâmica dos fatos que, ao haver contato do assassino com a vítima, ela teria se desesperado e por isso foi silenciada a golpes de faca”, declarou o secretário.

Provas

Marcelo da Silva tem 40 anos e vive em situação de rua. Ele nasceu em Araripina/PE e desde 2017 estava preso em Salgueiro/PE pelo crime de estupro ocorrido em Trindade/PE. Em 2019 ele teve material genético colhido para inserção no banco genético do estado, num mapeamento de todos os condenados do sistema prisional.

Em 2021, a polícia começou a monitorá-lo, junto com outros 124 condenados do sistema prisional, depois de um refinamento dos dados genéticos e melhoria do material encontrado na faca cravada no tórax de Beatriz.

No final de 2021, surgiu o primeiro indicativo que apontava o DNA de Marcelo como sendo o mesmo encontrado na faca.

“A partir dessa melhoria desse refino e sua inclusão com esse refino no banco surgiu o primeiro indicativo ainda em 2021 e, a partir desse indicativo, diversas outras análises são necessárias para comprovação. Chegamos a afirmar técnico cientificamente, de forma cabal por quatro peritos geneticistas, que, depois do primeiro indicativo e de outros exames, sempre foi confirmada aquela indicativa inicial”, explicou Humberto Freire.

Segundo o secretário Humberto Freire, ele já foi preso ao menos três vezes por estupro de vulnerável e crime contra o patrimônio.

Foi nessa ida ao fórum que a Polícia Científica coletou, mais uma vez, o material genético do suspeito e conseguiu concluir o confronto entre os materiais genéticos.

De acordo o secretário de Defesa Social, o DNA de Marcelo teve total compatibilidade com o material genético encontrado no cabo da faca encontrada no corpo de Beatriz. Depois desse exame, o suspeito passou por um depoimento em que, segundo diz a polícia, confessou o crime à força-tarefa criada para conduzir as investigações.

“Ele estava transitoriamente e entrou para conseguir dinheiro para sair da cidade. Pela narrativa, [o crime] não era direcionado a uma pessoa específica. Beatriz foi a pessoa que ele encontrou e que, diante desse exaspero, desse susto, ele acabou silenciando-a a facadas”, disse Humberto Freire.

Em 2017, a polícia divulgou imagens de um homem suspeito de ter sido o autor do crime. Segundo a SDS, trata-se de Marcelo da Silva.

O secretário afirmou, também, que o número de facadas dadas em Beatriz mudou ao longo das perícias. “O laudo tem 42 fotografias de ferimento. Mas, segundo informações, são dez facadas. São 42 fotografias, algumas dela do mesmo ferimento, o que é normal. Segundo ele, praticou e esfaqueou até silenciar”, declarou.

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