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10 anos sem Eduardo Campos: causas do acidente ainda são desconhecidas

O acidente aéreo que resultou na morte do economista Eduardo Campos, então candidato à Presidência da República em 2014, completou dez anos nesta terça-feira, 13. Campos estava a bordo de um avião Cessna 560XL que caiu em Santos (SP) após o piloto tentar uma arremetida durante a preparação para o pouso no Guarujá (SP) devido à falta de visibilidade causada por condições meteorológicas adversas.

Na época, Campos concorria pela coligação “Unidos pelo Brasil”, composta pelos partidos PSB, PHS, PRP, PPS, PPL e PSL. Com uma trajetória política que incluiu mandatos como deputado estadual e federal, ministro da Ciência e Tecnologia, dois mandatos como governador de Pernambuco, e cargos de secretário estadual do Governo e de Fazenda, Campos era considerado o terceiro colocado nas pesquisas eleitorais.

Além dele, perderam a vida no acidente o piloto Marcos Martins, o copiloto Geraldo Magela Barbosa da Cunha, e quatro membros da equipe de campanha: Carlos Augusto Percol, Alexandre Severo, Marcelo Lyra e Pedro Valadares. O avião havia decolado do Aeroporto Santos Dumont (RJ) no dia do acidente.

Em agosto de 2018, a Polícia Federal descartou a hipótese de assassinato e pediu o arquivamento do caso. O inquérito da PF apontou quatro possíveis causas para o acidente: colisão com pássaros, desorientação espacial dos pilotos, pane no profundor – uma peça da cauda que controla a altitude – e a possibilidade de um disparo inadvertido do compensador de profundor. O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) identificou falhas humanas como a principal causa do acidente.

O MPF (Ministério Público Federal) arquivou o inquérito por não conseguir determinar as causas exatas do acidente e afastou a possibilidade de responsabilização criminal, ressaltando que o gravador de vozes que registraria a comunicação entre o piloto e o copiloto estava inoperante desde 2013.

Em 2023, Antônio Campos, irmão do candidato, solicitou a reabertura do inquérito, alegando que a possibilidade de assassinato não havia sido adequadamente investigada e que as autoridades não forneceram uma conclusão satisfatória. No entanto, o MPF rejeitou o pedido, alegando a falta de novos elementos que justificassem a reabertura do caso. Em abril deste ano, o juiz Roberto Lemos dos Santos Filho, da 5ª Vara Federal de Santos, determinou que o inquérito permanecesse arquivado.

Fonte: IstoÉ

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