Locutor, comunicador, apaixonado por vinho, política e pela vida: quem era o salgueirense Herlânio Souza?

A morte não avisa. A gente acorda, manda mensagens para a família, amigos, conversa em grupos no WhatsApp, planeja o dia e, de repente… tudo acaba. Foi assim, de forma inesperada, que Salgueiro recebeu hoje a triste notícia da partida de Herlânio Souza, aos 47 anos. Radialista e gerente de programação da Rádio Lagoa Grande FM, Herlânio faleceu na tarde desta segunda-feira (28), em Lagoa Grande, no Sertão de Pernambuco, vítima de um infarto fulminante. Uma ambulância foi enviada para a rádio, mas ele não resistiu. Deixa uma família, incluindo dois filhos, mãe, irmãos e muitos amigos, além de uma história que jamais será esquecida.

Salgueirense de alma e coração, Herlânio construiu boa parte de sua trajetória em sua cidade natal, trabalhando em emissoras como a Executiva FM e a Salgueiro FM, além da Estação Sat, em Recife. Há 15 anos, assumiu um novo desafio na Rádio Lagoa Grande FM, onde, além de comandar o programa Expresso 88, era responsável pela programação musical da Rede Brasil de Comunicação, da qual a Salgueiro FM e outras emissoras da região fazem parte.

Ao longo dos anos em Lagoa Grande, a “capital da uva e do vinho”, Herlânio se rendeu aos encantos do lugar. Apaixonou-se pelo vinho, pela cultura local e pela hospitalidade. Quem teve a sorte de conhecê-lo certamente já recebeu um convite para tomar um bom vinho ou, até mesmo, uma pequena aula sobre como apreciar a bebida.

Mas o legado de Herlânio vai muito além. Profundo conhecedor da política regional, ele acompanhava de perto a história de Salgueiro, lembrando de cada detalhe desde o tempo de Dr. Severino, Dr. Romão e Cornelito até as novas gerações de políticos. Este ano, como sempre, lá estava ele, atento e presente na campanha eleitoral, acompanhando os rumos e as novas histórias da cidade que tanto amava.

Por onde passava, Herlânio deixava amigos. Suas histórias, contadas com um sorriso e aquela paixão pela vida, conquistavam a todos. Sua ausência representa uma perda não só para a comunicação, mas para todos que tiveram o privilégio de cruzar seu caminho. Amigo, pai, filho, contador de boas histórias… Herlânio viveu!

Porque, por melhor que seja a vida, numa tarde de uma segunda-feira qualquer, ela acaba. E resta só a saudade e a lembrança de tudo que foi bom.

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