Prefeito de Salgueiro apresenta débito de mais de R$ 23 milhões deixado pela gestão anterior

Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (6), o prefeito de Salgueiro, Fábio Lisandro, apresentou um relatório sobre a transição de governo, apontando um débito de aproximadamente R$ 23,6 milhões herdado da gestão anterior. O levantamento foi feito no primeiro mês da nova administração e detalha uma série de irregularidades financeiras e operacionais.

Ao lado do vice-prefeito Emmanuel e do corpo de secretários, Fábio Lisandro destacou que os restos a pagar reconhecidos pela gestão anterior somam R$ 18.616.658,37, além de R$ 4.931.949,47 em débitos extras ainda não contabilizados oficialmente. Entretanto, o saldo livre em conta para movimentação da prefeitura é de apenas R$ 506.240,38.

Entre as dívidas apontadas no relatório, estão: Neoenergia: R$ 232 mil; Compesa: R$ 528 mil; Funpressal: Mais de R$ 1 milhão; Empresa terceirizada RM: R$ 1,35 milhão; 14º salário e 1/3 de férias de servidores efetivos, ainda pendentes.

Além das dívidas, foram apontadas irregularidades na UPA 24h, que, segundo o prefeito, não está legalizada para receber repasses, e seus equipamentos estavam locados sem licitação. O aluguel mensal de um aparelho de raio-X custava R$ 25 mil, mas o serviço nunca foi efetivamente realizado. Também foram identificados três oxímetros alugados por R$ 900 mensais cada, enquanto um aparelho similar poderia ser adquirido por cerca de R$ 2 mil.

O relatório também expôs falhas operacionais, como a ausência de controle sobre a pesagem e a composição dos resíduos no aterro sanitário do município. Além disso, computadores utilizados pela administração pública foram formatados, comprometendo a transição de dados e o acesso a informações sobre convênios da cidade.

Durante a coletiva, foram exibidas imagens que ilustram a precariedade de escolas, unidades de saúde e outros equipamentos públicos. O prefeito afirmou que medidas emergenciais estão sendo tomadas para reequilibrar as contas e restabelecer a normalidade na administração municipal.

O relatório será encaminhado ao Tribunal de Contas, ao Ministério Público e a todos os órgãos competentes para as devidas providências.

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