Após 23 dias e mais de 700 quilômetros de caminhada, os pais da garota Beatriz Angélica Mota, assassinada com 42 facadas em uma escola particular de Petrolina, Sertão pernambucano, chegaram ao Recife nesta terça-feira (28). Sandro Romildo, Lucinha Mota e apoiadores se encontraram com o governador Paulo Câmara (PSB), no Palácio do Campos das Princesas, para realizar uma série de cobranças por Justiça e conseguiram o apoio do estado para a federalização das investigações.
A menina Beatriz foi assassinada aos 7 anos de idade, em 10 de dezembro de 2015, na formatura da irmã mais velha no colégio que estudava.
Em nota, o governador Paulo Câmara prestou solidariedade ao sofrimento da família e apoiou a federalização do caso. “Vamos prestar toda a colaboração necessária, ciente que cabe à Procuradoria-Geral da República ou ao Ministério da Justiça avaliar se estão presentes os requisitos legais para a referida federalização”, afirmou.
O perito criminal que atuou no Caso Beatriz, Diego Costa, foi demitido. Ele prestou consultoria de segurança ao Colégio Nossa Senhora Auxiliadora após o assassinato da menina Beatriz, há seis anos, em Petrolina, no Sertão do Estado. O perito era sócio de uma empresa de segurança que foi contratada pela escola e, posteriormente, participou da investigação do caso. A exoneração vai ser publicada no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (29).
Ao chegar na cidade, os pais de Beatriz se encontraram com apoiadores na Praça do Derby, no centro. De lá, seguiram para o Ministério Público de Pernambuco e, em seguida, para o Palácio do Campo das Princesas.
No entanto, Paulo Câmara só recebeu os pais da menina, apoiadores e políticos após quase três horas de negociação em frente ao Palácio. O governador não queria autorizar a entrada de outras pessoas além de Sandro e Lucinha, que protestou. “Se o povo não entrar, eu não entro. São seis anos esperando, aguardando as promessas que não foram cumpridas. Por isso, nós caminhamos. Caminhamos por amor a Beatriz, caminhamos para que o governador se sensibilize como filho, como pai, como esposo, e que atenda o nosso pedido que é tão simples e é uma obrigação do estado”, afirmou.